"A maior parte das gaivotas não se preocupa em aprender mais do que os simples fatos do voo — como ir da costa à comida e voltar. Para a maioria, o importante não é voar, mas comer. Para esta gaivota, contudo, o importante não era comer, mas voar. Antes de tudo o mais,Fernão Capelo Gaivota adorava voar." Richard Bach
http://www.consciesp.com.br/pla_2arquivos/capelogaivota.pdf

domingo, 24 de junho de 2012

Informática como instrumento de intervenção Psicopedagógica em crianças com Síndrome de Down

EMMERSON MORVAN CONCEIÇÃO DE ARAÚJO
Estudo de caso apresentado como finalização do Curso de Psicopedagogia Institucional, Hospitalar e Clínica pela Faculdade de Ciências Econômicas da Bahia FACCEBA, tendo como Orientadora Mércia Maria Tavares.                   Salvador - 2009

INTRODUÇÃO
O uso de recursos da informática na área psicopedagógica vem dar um grande suporte na área da emoção favorecendo a autonomia e independência dos sujeitos onde observamos a forma de trabalhar o erro de maneira construtiva, elevando a auto-estima; exige limites levando ao controle da ansiedade; o trabalho é motivador, pois permite a consciência da própria cognição, atenção e memória. Além destes fatores, ainda desenvolvem a curiosidade, a autonomia, a rapidez de interpretação e resposta, a organização na realização das tarefas, desenvolvimento lógico-temporal e a concentração para perceber o que deve ser feito. Por esse motivo esse artigo tem uma grade importância nos estudos psicopedagogicos. Ingressei na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais no ano de 2003 para assumir a sala de Informática da Escola. Após algumas semanas de observação em sala de aula, comecei a receber os grupos acompanhados dos seus respectivos professores em conjunto com uma auxiliar de classe. O atendimento na sala de informática é voltado para as turmas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e adultos onde todo o trabalho é desenvolvido através de projetos interdisciplinares voltados ao processo de aquisição da leitura e escrita e inserção no mercado de trabalho dos alunos com déficit intelectual .Toda essa clientela ao ingressar nessa instituição passa por um processo de triagem e acompanhamento de profissionais voltados á área técnico-pedagógica com a finalidade diagnóstica e interventiva. O meu interesse em fazer uma abordagem envolvendo a evolução do indivíduo dentro do contexto das novas tecnologias com um olhar psicopedagógico se deu através do avanço dessa clientela em sala de aula tendo como agente contribuinte à sala de informática. No momento atual depois de cinco anos atuando no corpo docente da instituição, vim perceber que a importância do uso das novas tecnologias, do uso do computador, e de como esse instrumento contribuiu para essesindivíduos com déficit intelectual para que encontrassem um maior estímulo no seu dia a dia, pois, muitos resultados foram obtidos dentro desse perfil de aprendizagem. Com a evolução do planejamento e a aplicação de projetos voltados ao processo de ensino e aprendizagem da clientela, muitos jovens adquiriram uma gama de conhecimento, de inteligência capaz de servir de alicerce para uma construção autônoma do conhecimento. Mesmo estando dentro da área de educação e pelo simples fato de conviver no meu dia a dia com esses indivíduos com déficit intelectual, me vi excitado a mergulhar no mundo dessa aprendizagem dentro do contexto psicopedagógico, pois, há mais ou menos um ano e meio, senti a necessidade de voltar o meu olhar para a psicopedagogia onde através dela eu consegui explicações para esses meus questionamentos internos sobre essa clientela e também sobre aquisição do conhecimento, aprendizagem, linguagem, do indivíduo dentro do contexto aprendizagem. O vertiginoso aumento das tecnologias da comunicação e informação impulsiona ainda mais o processo de mudança comportamental no Brasil e no mundo, isso acontece porque todos os envolvidos com essas, tem que se adaptar a elas para se estabelecerem no mercado e / ou na vida de um modo geral.
Baseado nisso, é que com todas essas mudanças, a valorização do conhecimento é ainda mais necessária. Pois as novas tecnologias produzem ferramentas que auxiliam na organização e disseminação do conhecimento.A preocupação com a existência das novas tecnologias gera um estudo em que mostra como elas contribuem para o andamento de uma sociedade sempre em transição. A utilização das novas tecnologias na escola especializada vem transformando de modo significativo a forma de absorção do conhecimento da pessoa com déficit intelectual podendo sim, favorecer uma melhor compreensão e absorção do conhecimento dentro de aspectos mais diretivos tendo no campo virtual um aliado importante para a potencializar a aprendizagem. O computador é um grande recurso educacional capaz de auxiliar as possíveis "dificuldades de aprendizagem" que possam surgir. Na maioria das vezes que utilizamos, ficamos preocupados com o que ele oferece para prender a atenção do aluno ou ao conteúdo que está sendo trabalhado nele. Esquecemos, todavia, de perceber o que ele está trabalhando cognitivamente.
É possível trabalhar dentro do processo ensino-aprendizagem com sensibilidade e conhecimentos adequados para auxiliar as possíveis dificuldades surgidas.Algumas destas dificuldades podem até vir a serem solucionadas no ambiente escolar, minimizando a grande freqüência de encaminhamentos feitos a consultórios, diminuindo, assim, o desgaste da criança e família.Imaginar a tecnologia envolvida com o processo de aprendizagem não significa uma impossibilidade, mas infelizmente muitos ainda não compreenderam como ela pode funcionar de uma forma a trazer qualidade ao processo de aprendizagem. Ainda preocupam-se em responder a um apelo da sociedade e não às necessidades reais do aprender.
Vários recursos tecnológicos são utilizados e aceitos, mas quando se fala de computador parece que todos tremem e não conseguem enxergar o que ele pode trazer de benefícios para a aprendizagem. Este recurso, o computador, com seus softwares educacionais podem, não só auxiliar, como minimizar os possíveis problemas que possam surgir, isto é, prevenir.
O computador é mais um recurso, que vem contribuindo para o processo de aprendizagem de uma maneira positiva e significativa através da mediação do profissional. O uso excessivo faz com que sua prática não seja muitas vezes adequada. Às vezes, é preferível utilizar outro recurso que vá atender muito mais aquele objetivo que quer se desenvolver no momento, do que usá-lo. Por lidar com uma realidade virtual, o computador não pode ser utilizado de forma a ameaçar a própria realidade, deverá ser utilizado para fortalecê-la. Este não substitui, por exemplo, a manipulação do concreto, indispensável ao processo. Segundo Tikhomirow, o computador deve ser visto como instrumento de aprendizagem. Ele é o mediador entre o nosso pensamento e as ações. Transforma o raciocínio em coisas manipuláveis. Não desaparece com o pensamento humano, mas reorganiza-o. Vale ressaltar que com o computador a interdisciplinaridade, tão valorizada, pode ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetos de criação, quanto nos softwares fechados. As informações podem ser relacionadas, como na vida real, sem haver etapas estanques, de uma forma lúdica.
"O desejar é o terreno onde se nutre a aprendizagem". (Fernández, 2001, p.15)
O vínculo é algo extremamente importante no processo de aprendizagem. Com este ponto, então, o computador torna-se facilitador, pois, de maneira geral, atrai as atenções das crianças fazendo com que fiquem voltadas a ele e interessadas no seu trabalho. A maioria gosta de estar diante de uma máquina, isto acaba sendo um ponto positivo para o recurso que acaba atraindo a atenção das crianças que nem percebem estar no processo de aprendizagem.

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